Hoje à tarde eu chorei tanto...
Na inutidez da minha vida
E na palidez do meu coração
Cheio de vícios e de medos
Sentir o vazio do universo,
Foi tão profundo e tão belo
Que até sentir o gosto do não existir
Carcaça Humana
Fiz de meus amores amizades
E de minha inútil vida
Uma ilusória liberdade
Fiz de meus sonhos
As orgias de Beutane
E como se troca de tênis
Eu trocava de desejo
Fiz da solidão minha esposa
Da tristeza minha amante
E desse triangulo renderam
Quatro filhos
O primeiro se chama raiva
O segundo melancolia
O terceiro medo
E o quarto depressão
Tornei-me hoje tudo aquilo
Que contra sempre lutei
Mas mesmo assim eu me sinto bem
Ou já me acostumei a ser assim
Uma carcaça obscura
Vegetando na escuridão do mundo
Caótico e opressor
Não creio mais na ilusão
De que as pessoas são todas iguais
De que ávida e bela
Nem em Deus nem em Satanás
Só creio no agora
E não tenho futuro
Estamos presos em casa
Por trás de grades e muros
Enquanto os parasitas
Nus sugam ate a morte
Sorte de quem morre
Que não tem mais de suportar essa lama
Prefiro servir de comida para os vermes
Que não fere minha alma
Não me tortura
Nem me apunhala
Nem me oprime
E nem me cala
Um triste adeus às vezes acalma
Triste
Tristes momentos vividos
Aprisionados em você
Como em uma redoma de vidro
Triste as lagrimas que não caem
Estas nus amarra a garganta
E corta o coração
Tristes palavras sinceras
Que o coração grita e ninguém acredita
Tristes palavras mentirosas
Por serem tão belas
Parecem sinceras
Triste amor que se diz tão
E só me faz sofrer
Triste tédio
Que retrai as horas que não passam
Triste poeta este como em Augusto
Caíram-me todos os males do mundo
Triste, tristeza
Que profana o amor
Amarga as palavras
Retrai as horas
E vive com a solidão
Autor = Alessandro L. Farias
Espelho!
Esse rosto magro e feio sou eu?
O que eu tanto temia...
Chegou
O tempo miserável corroeu tudo
E os anos passaram.
Meu violão hoje é só lamurias
Não canta só profana.
Minhas pernas doem
Minha pele é áspera
Não tenho mais medo
Pois já passei por todos
Sei que meu motor
Está prestes a bater
Mas ainda estou cheio de dúvidas
Temo não as resolver
Pois nascemos para morrer
E morremos para quê?
EU
A inda me lembro
L ia e nao entendia
E stava só
S entava e pensava
S em saber por quê
A chava tudo colorido,eu era colorido,mas
N ada me fazia sorrir
D ispertei por fim,e
R oubaram as cores de mim
O utrora eu acharia ruim
L amentaria,choraria
I maginando o por quê,mas
S ou livre em fim,já
B rinquei de felicidade,hoje
O lho e vejo
A aquarela de mentiras ao meu redor.
autor ALESSANDRO LISBOA